29 de abr. de 2011

MAIO, MÊS DE MARIA

Fonte: Dom Benedicto de Ulhoa Vieira

(http://www.cnbb.org.br/site/articulistas/dom-benedicto-de-ulhoa-vieira/6417-maio-mes-de-maria)
As referências dos Evangelhos e do Atos dos Apóstolos a Maria, Mãe de Jesus, apesar de poucas, deixam ver muito desta privilegiada criatura, escolhida para tão alta missão. São Paulo, na Carta aos Gálatas (4,4), dá a entender claramente que, no pensamento divino de nos enviar o seu Filho, quando os tempos estivessem maduros, uma Mulher era predestinada a no-Lo dar. Para que se compreenda a presença de Maria nesta predestinação divina, a Igreja, na festa de 8 de dezembro, aplica à Mãe de Deus, aquilo que o livro dos Provérbios (8, 22) diz da sabedoria eterna: “os abismos não existiam e eu já tinha sido concebida. Nem fontes das águas haviam brotado nem as montanhas se tinham solidificado e eu já fora gerada. Quando se firmavam os céus e se traçava a abóboda por sobre os abismos, lá eu estava junto dele e era seu encanto todos os dias”. Era pois a predestinada nos planos divinos.Maio: Mês de Maria.

Para se perceber melhor o perfil materno de Nossa Senhora, três passagens bíblicas podem esclarecer. A primeira é a das Bodas de Caná, que realça a intercessora. Quando percebeu – o olhar feminino que tudo vê e tudo observa – estar faltando vinho, sussurra no ouvido do Filho sua preocupação e obtém, quase sem pedir, apenas sugerindo, o milagre da transformação da água em generoso vinho. Ela é de fato a mãe que se interessa pelos filhos de Deus que são seus filhos.

Outra passagem do Evangelho esclarecedora da personalidade de Maria é a que nos mostra seu silêncio e sua humildade. O anjo a encontra na quietude de sua casa, rezando, para dizer-lhe que fora escolhida por Deus para dar ao mundo o Emanuel, o Salvador. Ela se assusta com a mensagem celeste, porque, na sua humildade, nunca poderia ter pensado em ser escolhida do Altíssimo. Acolhe assim, por vontade divina, a palavra do mensageiro, silenciosamente, sem dizer, nem sequer ao noivo José, o que nela se realizava. Deus tem o direito de escolher e por isto Ela diz apenas o generoso “sim” que a tornou Mãe de Deus.

O terceiro traço de Maria-Mãe é sua corajosa atitude diante do sofrimento. Ao apresentar o seu Jesus no templo, ouve a assustadora profecia do velho Simeão: “uma espada de dor transpassará a tua alma”. Pouco mais tarde, estreitando ao peito o Menino Jesus, deve fugir para o Egito com o esposo, para que a crueldade de Herodes não atingisse a Criança que – pensava ele, Herodes – lhe poderia roubar o trono. Quando seu filho tem doze anos, desencontra-se dele e, ao achá-lo após três dias, queixa-se amorosamente: “por que fizeste isto? Eu e teu pai te procurávamos, aflitos”. Sua coragem se confirma na paixão e crucifixão de Jesus. De pé, ali no Calvário, sofre e associa-se ao sacrifício do redentor. É a mulher forte, a mãe corajosa e firme, a quem a dor não derruba. De fato, a espada de Simeão lhe atravessara a alma e o coração. É a Senhora das Dores.

Maio, mês a Ela dedicado pela piedade cristã, é um convite para voltarmos nosso olhar a esta Mãe querida para pedir-Lhe, abra as mãos maternas em Bênção de carinho sobre nossos passos nesta difícil escalada da Jerusalém celeste.





23 de abr. de 2011

O DUELO ENTRE A VIDA E A MORTE

Fonte: Adital (http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=55778)
Autor: Leonardo Boff

Num dos mais belos hinos da liturgia cristã da Páscoa, que nos vem do século XIII, se canta que "a vida e a morte travaram um duelo; o Senhor da vida foi morto mas eis que agora reina vivo”. É o sentido cristão da Páscoa: a inversão dos termos do embate. O que parecia derrota era, na verdade, uma estratégia para vencer o vencedor, quer dizer a morte. Por isso, a grama não cresceu sobre a sepultura de Jesus. Ressuscitado, garantiu a supremacia da vida.


A mensagem vem do campo religioso que se inscreve no humano mais profundo, mas seu significado não se restringe a ele. Ganha uma relevância universal, especialmente, nos dias atuais, em que se trava física e realmente um duelo entre a vida e a morte. Esse duelo se realiza em todas as frentes e tem como campo de batalha o planeta inteiro, envolvendo toda a comunidade de vida e toda a humanidade.


Isso ocorre porque, tardiamente, nos estamos dando conta de que o estilo de vida que escolhemos nos últimos séculos, implica uma verdadeira guerra total contra a Terra. No afã de buscar riqueza, aumentar o consumo indiscriminado (63% do PIB norte-americano é constituído pelo consumo que se transformou numa real cultura consumista) estão sendo pilhados todos os recursos e serviços possíveis da Mãe Terra.


Nos últimos tempos, cresceu a consciência coletiva de que se está travando um verdadeiro duelo entre os mecanismo naturais da vida e os mecanismos artificiais de morte deslanchados por nosso sistema de habitar, produzir, consumir e tratar os dejetos. As primeiras vítimas desta guerra total são os próprios seres humanos. Grande parte vive com insuficiência de meios de vida, favelizada e superexplorada em sua força de trabalho. O que de sofrimento, frustração e humilhação ai se esconde é inenarrável. Vivemos tempos de nova barbárie, denunciada por vários pensadores mundiais, como recentemente por Tsvetan Todorov em seu livro O medo dos bárbaros (2008). Estas realidades que realmente contam porque nos fazem humanos ou cruéis, não entram nos calculos dos lucros de nenhuma empresa e não são considerados pelo PIB dos países, à exceção do Butão que estabeleceu o Indice de Felicidade Interna de seu povo. As outras vítimas são todos os ecossistemas, a biodiversidade e o planeta Terra como um todo.


Recentemente, o prêmio Nobel em economia, Paul Krugmann, revelava que 400 famílias norte-americanas detinham sozinhas mais renda que 46% da população trabalhadora estadunidense. Esta riqueza não cai do céu. É feita através de estratégias de acumulação que incluem trapaças, superespeculação financeira e roubo puro e simples do fruto do trabalho de milhões.


Para o sistema vigente e devemos dizê-lo com todas as letras, a acumulação ilimitada de ganhos é tida como inteligência, a rapinagem de recursos públicos e naturais como destreza, a fraude como habilidade, a corrupção como sagacidade e a exploração desenfreada como sabedoria gerencial. É o triunfo da morte. Será que nesse duelo ela levará a melhor?


O que podemos dizer com toda a certeza que nessa guerra não temos nenhuma chance de ganhar da Terra. Ela existiu sem nós e pode continuar sem nós. Nós sim precisamos dela. O sistema dentro do qual vivemos é de uma espantosa irracionalidade, própria de seres realmente dementes.


Analistas da pegada ecológica global da Terra, devido à conjunção das muitas crises existentes, nos advertem que poderemos conhecer, para tempos não muito distantes, tragédias ecológico-humanitárias de extrema gravidade.


É neste contexto sombrio que cabe atualizar e escutar a mensagem da Páscoa. Possivelmente não escaparemos de uma dolorosa sexta-feira santa. Mas depois virá a ressurreição. A Terra e a Humanidade ainda viverão.

4 de abr. de 2011

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA

SEMANA SANTA - Programação


14/04 – Quinta – Missa dos Santos Óleos

• 09.00h: Espiritualidade para os padres (CTL)

• 19.00h: Missa dos Santos Óleos na Catedral – Bênção dos óleos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos

15/04 – Sexta – 18.00h: Procissão do Encontro

• Homens – Saída da Procissão de Bom Jesus dos Passos – Casa de Francisco e Ceiça (perto de Cicinho do Videogame; vizinha a Paulo Veterinário)

• Mulheres – Saída da Procissão de Nossa Senhora das Dores – Casa de Ney e Inalda (perto da Capela de São Sebastião; na Dr. José Amorim)

• Encontro na frente da Igreja Matriz – Missa do Encontro

16/04 – Sábado – 19.00h: Espiritualidade

• Local: Igreja Matriz

• Não haverá missa na Capela de São Sebastião

• Espiritualidade com todas as pessoas que irão colaborar nas celebrações da Semana Santa

17/04 – Domingo de Ramos

06.30h: Primeira celebração


  • Bênção dos Ramos e início da Celebração Eucarística: Capela de São Sebastião
  • Procissão dos Ramos
  • Término da Missa na Igreja Matriz
19.00h: Segunda celebração – Matriz

• Obs.: É o dia da Coleta da Solidariedade

18/04 – Segunda

• 06.00h: Ofício Divino na Matriz

• Durante o dia: confissões em Junco do Seridó e São José do Sabugi

19/04 – Terça

• 06.00h: Ofício Divino na Matriz

• Durante o dia: confissões em São Mamede

• Presença de vários padres

• Nos horários de manhã, tarde e noite

20/04 – Quarta

• 06.00h: Ofício Divino na Matriz

• Durante o dia: confissões em Santa Luzia

• Presença de vários padres

• Nos horários de manhã, tarde e noite

21/04 – Quinta-feira Santa (Lava-pés)

• 08.00h: Encontro com a Equipe de Celebração

• 16.00h: Igreja Matriz

  • Celebração Eucarística (Lava-pés)
  • Transladação do Santíssimo e adoração:
    • 18-19h: Apostolado da Oração; OFS; Mãe Rainha; Mov. Jesus Misericordioso; Equipe Dirigente do ECC
    • 19-20h: Jovens do Catecumenato; Infância Missionária; RCC; Terço das Mulheres e Terço dos Homens
    • 20-21h: Pastorais: Pessoa Idosa; Familiar; Batismo; Dízimo; e Criança
    • 21-22h: Pastoral Litúrgica; MECE´s; Acólitos
• 19.00h: São Sebastião


  • Celebração Eucarística (Lava-pés)
22/04 – Sexta-feira Santa (Paixão)

• 05.00h: Via-Sacra nas ruas da Cidade – Início na Matriz

• 08.00h: Encontro com a Equipe de Celebração

• 12.00h: Ofício da Agonia - Matriz

• 16.00h: Celebração da Paixão na Matriz

• 17.00h: Procissão do Senhor Morto

23/04 – Sábado Santo

• 08.00h: Encontro com a Equipe de Celebração

• 19.00h: Vigília Pascal em São Sebastião

• 22.00h: Vigília Pascal na Igreja Matriz

• Obs.: Trazer uma vela para a bênção do fogo que será feita no pátio da Igreja Matriz

24/04 – Domingo da Páscoa

• 08.00h: Missa do Domingo de Páscoa em São Sebastião

• 19.00h: Missa do Domingo de Páscoa na Matriz

Obs.: Não esqueça de trazer 1kg de alimento não perecível para a assistência aos pobres na Quinta-feira Santa.